Na visão do CECIEx, nova alíquota do Reintegra prejudica as exportações nacionais

A alteração da alíquota do Reintegra, que passa de 3% para 1%, é mais um fator negativo para as exportações brasileiras. Anunciada pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy na última sexta-feira, 27, a redução penaliza o setor tirando competitividade no mercado internacional.

A última alteração da alíquota ocorreu em outubro de 2014 e elevou a taxa de 0,1% para 3%, ainda assim abaixo da necessidade de recuperação de impostos para compensar o peso tributário sobre os produtos nacionais. “Exportadores que planejaram seus custos com base naquela alíquota para a formação de preços agora terão que rever seus preços de venda. Os preços a serem praticados nos mercados internacionais não comportam variações a curto prazo, o que deve ocorrer por conta da nova alíquota”, declara Roberto Ticoulat, presidente do CECIEx e vice-presidente da área de comércio exterior da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Tais decisões reforçam, ainda, a desconfiança dos importadores de outros países em relação à nossa política de comércio exterior, enfraquecendo as relações entre as partes e minando investimentos na promoção dos produtos brasileiros no mercado internacional.

O setor exportador, que tem papel chave na economia nacional em termos de geração de divisas, é novamente penalizado fortemente por conta da política econômica do governo federal. O CECIEx apoia os esforços do ajuste fiscal mas não concorda com a alteração da alíquota do Reintegra em defesa dos pequenos e médios exportadores e dos empregos que geram e que podem ser perdidos.

Veja outras manifestações do setor em http://www.valor.com.br/brasil/3931338/para-abinee-e-aeb-mudanca-no-reintegra-e-lamentavel